Descobertos novos restos mortais das vítimas do voo TM470 da LAM
As autoridades namibianas revelaram que foram descobertas novas partes de corpos das vítimas do acidente com o avião das Linhas Aéreas de Moçambique – LAM -, o que vai comprometer a conclusão do processo.
De acordo com uma correspondência com o governo moçambicano, a Namíbia explica que “havia sido previsto que o processo de identificação dos corpos dos 33 ocupantes terminaria no final de Março corrente, todavia, foram recuperados do local do acidente restos mortais adicionais, para além dos já processados cientificamente”.
A situação vai atrasar a conclusão do processo de identificação, uma vez que os restos mortais recentemente descobertos têm que passar pelo mesmo processo científico por que passaram as partes recuperadas inicialmente.
Até aqui, a instituição à frente do processo, o Instituto Nacional de Ciência Forense da República da Namíbia, identificou 24 corpos dos 33 perecidos no acidente aéreo.
A identificação foi possível com recurso à conclusão da autópsia feita a 233 amostras, comparadas com os perfis dos familiares das vítimas.
A Namíbia diz ainda que os trabalhos prosseguem e “os peritos estão convictos de que esta comparação continuará a produzir identificações adicionais até que todas as 33 vítimas sejam identificadas”.
Nos próximos dias, os peritos esperam identificar e emitir novas certidões de óbito para algumas das restantes nove pessoas que ainda não foram identificadas.
“Os peritos não vão desistir, devendo prosseguir com os trabalhos cujo objectivo é identificar os restos mortais de todas as 33 pessoas que iam a bordo do avião”, dizem as autoridades namibianas.
O processo de identificação dos ocupantes do avião prossegue, devendo ser concluído o mais breve possível para minorar o sofrimento das famílias dos perecidos, acrescenta o Instituto Forense da Namíbia.
Entretanto, alerta tratar-se de um processo lento e delicado, dada a sua complexidade.
A aeronave, do voo TM470, que seguia com destino a Luanda, despenhou-se na tarde de 29 de Novembro do ano passado, na região norte da Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata.