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Empresário instala caixões sobre campas para desalojar ossadas

Quarta-feira, 26.03.14

Dono das oficinas “Majugar” reclama espaço de terreno fronteiro à empresa onde está um cemitério privado para ampliar as instalações, mas família dos defuntos recusa a exumação
Um empresário da área de transportes e reboque de viaturas acidentadas no município da Matola, mais conhecido por Majugar, mandou colocar seis caixões sobre as campas de um cemitério familiar que se encontra num terreno objecto de litígio, no Bairro da Machava, naquela autarquia. O insólito que, para além da família atingida, chocou os moradores da zona, aconteceu no sábado.
O espaço em disputa situa-se na Avenida das Indústrias, numa área com cerca de 40 por 100 metros. Localiza-se na parte frontal de uma das oficinas de Majugar e tem campas que, de acordo com os familiares, datam de cerca de 1920. É lá onde jazem os restos mortais dos seus antepassados.
Ordens municipais
O caso arrasta-se desde 2012. Nessa altura, segundo explica a família que reclama a titularidade do espaço, Majugar ter-se-ia aproximado dela, manifestando o seu interesse pelo terreno para expandir a empresa. A família recusou-se, porém, a cedê-lo.
Volvido pouco tempo, o empresário mandou vedar o espaço sem o consentimento da família. Quando aquela se aproximou para saber o que estava acontecer, Majugar exibiu um documento, alegadamente passado pelo Município da Matola, que lhe conferia a posse do terreno. Do Município não houve, todavia, nenhuma resposta plausível para os familiares.

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publicado por Novaldo às 17:44





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